terça-feira, 15 de março de 2016

Câmera da Polaroid imprime fotos instantâneas sem uso de tinta

As fotos digitais facilitaram a captura de momentos únicos, mas sempre trazem aquela preocupação de perda de dados e, consequentemente, da lembrança. A impressão instantânea de fotos volta como solução, principalmente com a nova câmera da Polaroid, que consegue materializar a imagem em segundos - e sem precisar de tinta.

A Snap, apresentada durante a IFA 2015 - uma grande feira de inovação em Berlim - usa uma tecnologia desenvolvida pela marca chamada ZINK. A técnica envolve um papel especial que carrega cristais nas cores amarela, magenta e cyan. Os sensores os ativam e criar uma camada de polímeros, que formam as imagens em 5 centímetros por 8 centímetros.


A Polaroid já havia apresentado a tecnologia no começo de 2015 com uma impressora de bolso que usava um aplicativo sincronizado com smartphones. A câmera, entretanto, funciona também como uma máquina digital: ela captura imagens em 10 megapixels e possui memória interna de 32 GB, expansíveis com cartão SD. 

Nos Estados Unidos, o gadget chega ao mercado no final do ano em quatro cores - branco, preto, vermelho e azul - custando US$ 99. O pacote com 50 papéis de impressão ZINK já está disponível para compra na Amazon por US$ 24,99.


POR REDAÇÃO GQ

segunda-feira, 7 de março de 2016

Morre Raymond Tomlinson, o "pai" do e-mail


Raymond Tomlinson, o "pai" do e-mail, faleceu aos 74 anos de idade na manhã de sábado, dia 5 de março de 2016. Suspeita-se que sua morte tenha sido causada por um ataque do coração. Ele deixa "orfãos" os 1,5 bilhões de usuários de e-mail.

Tomlinson ganhou notoriedade e fama no mundo da tecnologia 45 anos atrás, em 1971. Nessa época, ele era um engenheiro de pesquisa e desenvolvimento na empresa Bolt Beranek e Newman. Lá, ele inventou uma maneira de transmitir imagens entre computadores - que hoje conhecemos como e-mails - usando o protocolo ARPANET, uma rede de troca de pacotes antiga que foi uma das pedras fundamentais da internet.

Além de ter desenvolvido a estrutura técnica que permitia o envio e recebimento de mensagens entre computadores, Tomlinson também foi responsável por dar a essas mensagens o formato que conhecemos hoje em dia. Os campos padrões de remetente, destinatário e "assunto" foram criados por ele. 

Por essas contribuições, ele foi introduzido ao Hall da Fama da Internet em 2012, ao lado de outras figuras importantes como Linus Torvald (inventor do Linux) e Tim Berners-Lee (o "pai da internet").

Tomlinson também foi o responsável por resgatar um símbolo que atualmente estamos acostumados a ver, mas que era raríssimo em 1971: a arroba (@). Foi ele que determinou que esse símbolo deveria ser usado para separar o nome do usuário do nome do hospedeiro.

A origem do símbolo ainda é debatida. Alguns linguistas acreditam que ele foi criado por volta do século VI como uma abreviação da palavra latina para "em" ou "em direção a". Em português, ele tem o nome de "arroba" porque era usado como abreviação para essa palavra, que significa uma medida de peso de aproximadamente 15kg, que era usada para medir o peso de bois no comércio. 

Na época de sua incorporação aos e-mails, o símbolo era usado majoritariamente em contabilidade, para juntar o número de um item vendido ao seu preço (por exemplo, 25 sapatos @ 30 reais). Em inglês, ele é lido como "at" - uma preposição semelhante à nossa "em" - o que ajudou a criar a ideia da internet como um lugar físico em que se poderia estar, e ao qual se poderia enviar mensagens.

Por ser um símbolo de uso relativamente restrito até a popularização dos e-mails, ele possui uma série de nomes populares. Na China, ele é conhecido como "ratinho"; em armênio, ele é chamado de "cachorrinho",; em grego, de "patinho"; em esloveno e polonês, de "macaco" e, em galês, de "lesma". 

Atualmente, ele também é usado em português para expressar neutralidade de gênero, ou para se referir aos dois gêneros simultaneamente e linguagem escrita (por exemplo, "amig@s bonit@s"). Tomlinson, em grande parte, é responsável pela popularização desse símbolo (e, portanto, desses usos) em nossa cultura.