sábado, 24 de outubro de 2015

Aplicativo mede cômodos apenas encostando o celular na parede



Por: Nathalia Brogiatto 

Imagina um aplicativo que mede os cômodos de uma casa apenas encostando o celular na parede? Ele já existe e chama RoomScan!
Disponível para iOS, ele desenha plantas arquitetônicas em poucos minutos. Através dos sensores internos do iPhone, o RoomScan reconhece a sequência de superfícies planas verticais e mede a distância entre elas, criando plantas super precisas.
Através do sensor de movimento do aparelho, ele traça um esboço de planta baixa do imóvel, medindo até a metragem cúbica da peça.

Bastante útil em diversas situações cotidianas, principalmente para arquitetos e engenheiros, o aplicativo permite levantamentos ainda mais precisos quando combinados com uma trena a laser.
Além disso, o desenho pode ser exportado em .pdf ou em .dxf para AutoCAD ou SketchUp.

Gratuito, o RoomScan já tem uma versão Pro do programa, que permite adicionar dados de medidores a laser para obter planos exatos, além de facilitar a inserção de portas e janelas e conectar automaticamente as salas. Está disponível na App Store por US$ 5.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Santos Dumont, o maior supercomputador do Brasil


Dom Pedro II sempre foi conhecido por ter sido grande incentivador da tecnologia. Sabe-se, por exemplo, que o imperador era fotógrafo, num tempo em que isso não era tão comum, e que foi amigo do escocês Alexander Graham Bell, o criador do telefone. Pois agora Petrópolis, cidade que o homenageia até no nome, se tornará em breve palco de um acontecimento extraordinário na ciência nacional: em outubro, entrará em operação, ali, o Santos Dumont, considerado o maior supercomputador da América Latina.

Cerca de 1 milhão de vezes mais rápido que um notebook comum, ele é uma máquina que, simbolicamente, voa — à semelhança da personalidade que lhe empresta o nome, tão fã daquela cidade serrana que até morou lá. A novidade tecnológica é fruto de um acordo assinado entre Brasil e França, e está abrigada no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), um instituto de pesquisa cercado de plantas, localizado atrás do charmoso Palácio Quitandinha. “Trata-se da realização de um sonho da comunidade científica brasileira”, afirma Pedro Dias, diretor da entidade.

Basicamente, os supercomputadores são versões turbinadas dos aparelhos que temos em casa. Enquanto um laptop topo de linha tem seis processadores, o novo cérebro eletrônico fluminense tem 1 milhão de componentes do tipo. Por conseguir analisar enormes quantidades de informação num curto período, será útil para diversas áreas. Uma delas é a meteorologia, que usa máquinas assim para comparar condições climáticas de um determinado momento com outras do passado e, a partir disso, fazer previsões do tempo. Na medicina, por sua vez, os pesquisadores perceberam que o ângulo natural da artéria carótida favorecia o seu entupimento e usaram supercomputadores como esse para descobrir a posição perfeita e criar próteses que minimizassem o problema.

Como se pode observar, o novo equipamento ajudará, e muito, em variados setores da ciência. Mas isso tudo tem  um preço: o Santos Dumont custou 60 milhões de reais. Fabricado na França, foi testado lá por duas semanas antes de vir de navio para o Brasil, numa viagem que durou um mês. Partindo do Porto do Rio, quatro carretas foram necessárias para que o gigante de 15 toneladas subisse a serra. Para se ter uma ideia, esse é o peso de dois exemplares de elefante-africano, animal tido como o maior mamífero terrestre. Lá em cima, um guindaste facilitou o descarregamento de todas as partes da máquina antes da remontagem, que levou uma semana para ser concluída. 

Neste exato momento, o supercomputador petropolitano repousa em dois contêineres que foram unificados e lhe servem de casa. O ambiente cinza e branco lembra o cenário de filmes de ficção científica. No teto, estão os fios que vão alimentar a fera digital. Quando estiver funcionando, o Santos Dumont devorará energia suficiente para abastecer um bairro com 3 000 habitantes. Por isso, três geradores estão à sua disposição. A estimativa dos cientistas é que a novidade sozinha acarrete um gasto de 500 000 reais de luz por mês, valor quatro vezes maior que o da atual conta de energia paga pelo laboratório. Entretanto, o investimento é considerado válido, já que a máquina consegue processar trinta vezes mais dados do que a capacidade de todos os computadores do LNCC hoje. São números que animam os cientistas, que não veem a hora de ter tudo ligado. “Quanto mais poder computacional, mais ferramentas nós temos para lidar com os problemas”, explica Fábio Porto, pesquisador do instituto. O alvoroço é tanto que já despertou até a curiosidade de hackers — nos últimos meses aumentou o número de tentativas de invasão dos sistemas do órgão.

O Santos Dumont poderá ser usado por qualquer cientista do país. Para isso, será preciso apenas que o pedido seja feito ao LNCC, que vai avaliar as solicitações e liberar a máquina de acordo com a urgência e a necessidade de cada projeto. Esse é um formato inédito no universo dos supercomputadores brasileiros, que geralmente têm uso restrito a finalidades específicas. Destronado pelo gigante de Petrópolis, o Yemoja, que pertence ao Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), é voltado para estudos na área de geofísica. O mesmo acontece com o Tupã, aparelho usado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apenas para análises climáticas, e com o Grifo04, da Petrobras, focado nas pesquisas da própria empresa. Embora seja um avanço respeitável em termos de computação científica, o novo dispositivo ainda está longe dos melhores do mundo. Primeiro da lista, o chinês Tianhe-2 tem três vezes mais processadores que a máquina brasileira. Mesmo assim, a novidade pode servir de passaporte de entrada para o país no clube das nações que fazem ciência de ponta. 

Por: Saulo Pereira Guimarães

Foto: Bianca Pimenta

sábado, 3 de outubro de 2015

Velocidade da internet no Brasil cresce 7%, mas país cai no ranking global.


Saiu o State of the Internet, um estudo feito periodicamente pela empresa Akamai (que é especializada em hospedar e servir conteúdo de sites e responde por 15% a 30% de todo o tráfego da internet). Ele mostra que a velocidade média da internet no Brasil subiu 7,6% em relação ao trimestre anterior, e agora é 3,6 Mbps. Mesmo assim, o país caiu uma posição no ranking global, onde agora é o 90.o (nonagésimo) – porque outros países progrediram mais rápido.

Na comparação com vizinhos da América Latina, o Brasil perde para o Uruguai (5,9 Mbps de média), a Argentina (4,7) e o Equador (4,0), e fica na frente de Bolívia (1,9), Venezuela (1,6) e Paraguai (1,5 de média). A internet mais rápida do mundo continua sendo a da Coréia do Sul, com 23,1 Mbps de média, seguida por Hong Kong (17), Japão (16,4), Suécia (16,1) e Suiça (15,6). Os Estados Unidos só aparecem em vigésimo lugar, com 11,7 Mbps.

Segundo o estudo, a velocidade média da internet como um todo, no mundo, é de 5,1 Mbps (crescimento de 3,5% em relação ao trimestre anterior).

Por Bruno Garattoni