quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Robô brasileiro detecta larvas de mosquito da malária

O Robô Ambiental Híbrido Chico Mendes, criado pelo Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), em 2005, já é considerado uma das melhores criações do laboratório de robótica do centro, e uma nova versão dele está sendo desenvolvida. Atualmente, o robô operado por controle remoto faz o monitoramento da região onde está sendo construído um gasoduto na Amazônia, e entre suas habilidades está a capacidade de detectar a presença de larvas do mosquito da malária.

O robô atual tem quatro rodas e pode se movimentar na água, na terra ou em pântanos. Agora, os pesquisadores estão trabalhando em uma versão que possa ser operado por uma pessoa em seu interior. "A nossa ideia é fazer um robô que tenha espaço para uma pessoa dentro", disse na quinta-feira o pesquisador do Cenpes, Ney Robinson Salvi dos Reis. Ele participou do seminário sobre inovação tecnológica brasileira na indústria de robôs, promovido pelo Clube de Engenharia, no Rio de Janeiro.

Os pesquisadores do Cenpes estão trabalhando nessa modalidade do robô ambiental há cinco anos. A previsão é de mais dois anos para a produção em pequena escala. O Laboratório de Robótica do Cenpes está preparando ainda projetos para exploração de petróleo em águas profundas e ultraprofundas, visando ao pré-sal. Ney Robinson Reis disse que o Brasil tem todas as condições de desenvolver projetos na área de robótica, "seja para o pré-sal, seja para a Amazônia. Para qualquer coisa. É só a gente ter uma política de investimentos de médio e longo prazo".

Fonte:

http://tecnologia.terra.com.br/noticias/0,,OI5243323-EI12886,00-Robo+brasileiro+detecta+larvas+de+mosquito+da+malaria.html

Imagem: Agência Petrobras

domingo, 21 de agosto de 2011

Pesquisadores criam processador adesivo que gruda na pele

PC World/EUA
19-08-2011
(Kevin Lee)

Engenheiros da Universidade de Illinois, nos EUA, apresentaram tecido eletrônico que dobra, estica e enruga como a pele humana.


Chips eletrônicos aplicados diretamente no seu corpo estão mais próximos do que você pensa. Engenheiros da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, inventaram um adesivo eletrônico que é ultrafino e enruga como a pele humana.

John A. Rogers, professor de engenharia na instituição de ensino, liderou uma pesquisa inovadora sobre circuitos montados sobre a pele. Esse tecido é um conjunto de chips feito de sensores, LEDs, transistores, capacitores variáveis em radiofrequência, antenas wireless, bobinas condutoras e células de força. Tudo isso é colocado em um fino substrato de borracha que pode ser dobrado, esticado e que enruga como a pele.

Aplicar esse adesivo é como esfregá-lo em uma tatuagem temporária, já que o dispositivo é transferido a partir de um pedaço de plástico solúvel, que é colocado sobre a pele. Ele pode, inclusive, ser aplicado em conjunto com uma tatuagem temporária para esconder a parte eletrônica.

Até agora, os cientistas testaram o aparato apenas para fins médicos, incluindos testes de eletroencefalograma e eletromiograma, para monitorar a atividade neural e muscular de pacientes. A maior vantagem desses adesivos tecnológicos parecidos com a pele humana é que eles podem ser utilizados em qualquer lugar do corpo, diferentemente dos sensores atuais, que requerem gel condutor, fitas adesivas, pinos que penetram na pele e fios constrangedores.

Os pesquisadores também descobriram que o sensor é capaz de distinguir os movimentos musculares distintos durante uma conversa normal, quando são aplicados na garganta de uma pessoa. Os estudiosos também utilizaram o adesivo para controlar um videogame e interagir com um computador - logo, existe potencial de que essa tecnologia possa ser o futuro da interface entra homem e computador.

Fonte:

http://pcworld.uol.com.br/noticias/2011/08/19/pesquisadores-criam-processador-adesivo-que-gruda-na-pele/

Imagem: Divulgação

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Hoje é o Dia da Informática


15 de agosto, é comemorado o dia da informática, pois neste mesmo dia, em 1946, que surgiu o Eniac, o primeiro computador eletrônico. Assista ao vídeo acima e saiba um pouquinho mais sobre o início desta tecnologia que vem revolucionando cada vez mais o mundo e o nosso cotidiano.

sábado, 13 de agosto de 2011

Pais tecnológicos, filhos conectados

Este artigo de Alexandre Hohagen foi publicado ano passado na Folha de São Paulo e transcrevo aqui desejando um feliz Dia dos Pais para todos.

"PAI, O E-MAIL tá tipo... morto! Te mando por SMS." Essa foi a resposta da minha filha quando pedi que enviasse uma informação para meu correio eletrônico. Pareceu exagerada a afirmação. Mas tente se comunicar com um adolescente por e-mail. A chance de um "reply" nunca chegar é grande. A razão é simples: as novas gerações, que nascem e crescem cercadas de tecnologia, estão mudando a forma como encaram alguns dos preceitos mais básicos da comunicação e da sociabilidade.

Como pai "tecnológico", tenho observado com crescente interesse essa evolução. Não basta conhecer as melhores tecnologias. É preciso estar próximo e entender o que está mudando na cabeça dessa moçada. Para chegar mais perto deles, comprei e aprendi a pilotar uma mesa de DJ e recebo grupos de amigos de minha filha para reuniões em casa. É como um Orkut ao vivo.

Com essa convivência próxima, constatei que há algumas mudanças nessa geração que não controlamos, fazem parte de um novo mundo. Primeira: os jovens se comunicam por meio de mensagens cada vez mais curtas. Segunda: esse mesmo jovem se acostumou com informações instantâneas.

Para eles, não faz mais sentido visitar a biblioteca para encontrar respostas às suas dúvidas. E, finalmente, os jovens estão obcecados por compartilhar com o maior número possível de pessoas tudo o que fazem.

Era preciso me adaptar. Com minha filha adolescente, mensagens de texto pelo celular e em rede social geralmente funcionam melhor que o e-mail. Já a filha mais nova, em fase de alfabetização, não aceita mais "eu não sei" como resposta.

Para ela, celular ou computador têm a capacidade de responder na hora o que ela quer saber. Outro dia ela perguntou para minha esposa quantos países existem no mundo. E, diante da resposta negativa, disse: "Mas você tem o Google no seu celular!". Achado e respondido. O desafio, no entanto, vai muito além de compartilhar informação.

Essa galera está ampliando cada vez mais sua capacidade de relacionamento. E com isso o desejo de dividir com mais e mais pessoas aquilo que fazem, aquilo de que gostam.

Muitas vezes, saber quem é quem no meio de centenas de "amigos virtuais" não é tarefa fácil. Na minha época, ser popular era lotar uma festinha com as crianças da escola. Hoje, popular é aquele com maior número de seguidores no Twitter ou de amigos no Orkut.

Nesse desejo de multiplicar suas conexões reside um risco e cabe a nós mitigá-lo. Recentemente, um casal adolescente no Sul do país se prestou a uma exibição pouco ortodoxa para simplesmente aumentar o número de seguidores em seus perfis do Twitter. Quanto mais gente conectava, mais ousados ficavam. Acabaram com quase 10 mil seguidores on-line e um papo nada agradável na delegacia.

Ser pai em dias modernos representa desafio grande. Demanda dedicação e equilíbrio entre liberdade e modernidade. Há alguns anos, tomei decisões simples que me ajudam a manter esse equilíbrio. Por exemplo: durante muito tempo, só aceitei que minha filha mais velha acessasse rede social com senha compartilhada. Tentei ensiná-la o básico: não aceite amigos que não conheça, cuidado com o que dizem na internet, nada de compartilhar informações pessoais.

Outra medida simples e eficaz: em casa, lugar de computador é na sala ou no corredor. Jamais em quartos isolados ou fechados. Agora, mais do que qualquer medida, a proximidade, a conversa e o entendimento do que está mudando nos hábitos das novas gerações é o que mais ajuda no desafio de educar nos tempos modernos. E de entender o que a juventude espera de nossas empresas, como profissionais e como consumidores.

A internet permite acelerar o desenvolvimento infantil em muitos sentidos e é um meio essencial para a evolução da sociedade. Como no mundo físico, a inserção dos nossos filhos nessa nova realidade deve acontecer passo a passo e com supervisão. Mesmo que seu pai conheça tudo sobre internet e tecnologia!

Imagem: GettyImages