segunda-feira, 28 de maio de 2012

'Smartphone é acordo com o diabo', diz super-hacker

MARCO AURÉLIO CANÔNICODO RIO

Ele foi chamado de "a peste que envergonha as empresas para que corrijam falhas de segurança", em perfil da revista "Wired", e foi listado como um dos "dez manipuladores da internet" pela "PC World", graças à influência de suas ações na rede.
O americano Christopher Soghoian, 30, construiu essa reputação --e uma carreira-- denunciando brechas em sistemas de companhias, como Google, Facebook e AT&T, que levavam à exposição dos dados de seus usuários.
Ele virá pela primeira vez ao Brasil nesta semana para participar da conferência de direitos humanos e tecnologia RightsCon, que acontece nas próximas quinta e sexta, no Rio.

"MODELO TÓXICO"
Ele participará do painel "O Futuro do Modelo de Negócios On-line", na sexta, às 11h45. Sua visão sobre o tema: o atual modelo de negócios na rede não combina com privacidade e, portanto, não deveria ter futuro.
"Esse modelo apoiado em publicidade, no qual recebemos serviços de graça em troca de nossos dados, é tóxico e fundamentalmente incompatível com a proteção da nossa privacidade", diz Soghoian à Folha por telefone, de Washington, onde mora.
"Apesar de estarmos todos usando serviços gratuitos, é um mau negócio, e deveríamos considerar pagar por e-mails da mesma forma que pagamos por ligações."
Com os usuários pagando, crê o americano, as empresas poderiam (se quisessem) deixar de armazenar dados privados, pois não precisariam mais deles para lucrar.
Com isso, deixariam de ser as fontes às quais os governos recorrem regularmente para vigiar seus cidadãos.
"Nossos dados pessoais estão cada vez mais nas mãos de empresas, e elas ajudam governos na vigilância. Seus papéis como facilitadoras não são bem conhecidos. Meu foco tem sido explorar e expor esse relacionamento."

LEVE PARANOIA
Autor do blog Slight Paranoia ("leve paranoia", em inglês; paranoia.dubfire.net), Soghoian se descreve como "basicamente um hippie".
"É o que a maioria das pessoas pensa quando me vê. Sou vegetariano, tenho cabelo comprido, barba, me desloco de bicicleta e sou o único de camiseta e bermuda em todas as minhas reuniões."
O interesse por aspectos legais da privacidade on-line emergiu em 2006, após ter a casa invadida pelo FBI -ele ensinara, num site, a driblar o controle de segurança nos aeroportos, com cartões de embarque falsos; queria expor a fragilidade do sistema. "Sempre tive problemas com autoridades. Não gosto que me digam o que fazer."

ESPIONAR É BARATO
Soghoian diz que a vigilância governamental ficou mais barata e eficiente com o avanço tecnológico e graças ao apoio das empresas privadas.
Até poucos anos atrás, ter um aparato de vigilância era complexo e caro, o que forçava o governo a limitar os alvos. Hoje, todo mundo pode ser alvo, porque é barato vigiar todos -afinal, boa parte de nós leva um "agente secreto" no próprio bolso: o smartphone.
"Eles são um acordo com o diabo. Ganhamos esses aparelhos extremamente convenientes, mas eles não trabalham em nosso benefício. Aplicativos podem vasculhar dados e enviá-los sem nos consultar. As empresas podem pedir para nossos telefones indicarem onde estamos. O smartphone é como um agente secreto do governo, pelo qual pagamos."

Veja alguns alvos de Soghoian, tais como Google, Firefox, Facebook e empresas de telefonia no link abaixo.

Imagem: colhida no Google

sexta-feira, 25 de maio de 2012

25 de maio - Dia do Orgulho Nerd

Nesta sexta-feira, geeks de todo o mundo se reúnem para celebrar o Dia do Orgulho Nerd. O 25 de maio foi escolhido para celebração da data porque neste mesmo dia, em 1977, chegava às telas do cinema o primeiro filme da saga Star Wars, um dos maiores expoentes nerds da história. A data ganhou peso quando, em 2006, um grupo de cerca de 300 nerds espanhóis se organizou pela internet e saiu pelas ruas de Madri para celebrar o dia vestidos de Pacman.

A data também é conhecida como Dia da Toalha, uma homenagem ao autor de outra saga clássica entre os geeks: O Guia do Mochileiro das Galáxias, de Douglas Adams. Segundo o livro, a toalha é o objeto mais útil que um viajante pode carregar na mochila.
Hoje, no universo de apaixonados por tecnologia ou por livros, filmes e séries de televisão, por exemplo, que brinquem com temas referentes ao espaço, à física, à fantasia ou ao "inexplicável", as palavras nerd e geek funcionam mais ou menos da mesma maneira. A diferença atualmente talvez esteja no fato de que ser geek e gostar de séries como The Big Bang TheoryStar Trek ou filmes como Matrix e O Senhor dos Anéis é bem mais descolado e bacana do que ser um nerd que passa o tempo todo estudando estes assuntos.
Imagem: colhida no Google

terça-feira, 1 de maio de 2012

Google faz homenagem ao Dia do Trabalho


Nesta terça-feira, o Google homenageia o Dia do Trabalho com um Doodle. A mudança no visual do site traz um operário segurando um logotipo do Google de metal.

No Brasil, até o início da Era Vargas em 1930, o Dia do Trabalho era considerado um momento de protesto e crítica às estruturas socioeconômicas do país. Entretanto, a propaganda trabalhista de Getúlio Vargas, sutilmente, o transforma um dia destinado a celebrar o trabalhador no Dia do Trabalhador.

Doodles 

Os doodles consistem em mudanças no visual do logotipo do Google, geralmente utilizadas para celebrar feriados, aniversários e grandes acontecimentos da história. Até agora, mais de mil intervenções foram criadas.

O Google já utilizou os doodles para homenagear grandes cientistas, artistas e políticos, além de celebrar datas de âmbito nacional e internacional. Muitas das intervenções extrapolam a ideia inicial de homenagem e se tornam logos interativos, como o pequeno jogo de Pac Man, criado em maio do ano passado, em homenagem aos 30 anos do clássico game.

Imagem: Google