sábado, 31 de agosto de 2013

Funcionário "robô" faz sucesso com turistas no aeroporto de Genebra

Genebra - O aeroporto de Genebra tem um novo funcionário, "RobbI", o primeiro robô do mundo concebido para receber os passageiros recém chegados e guiá-los até os lugares mais procurados, como caixas automáticos, banheiros e o guichê de bagagens especiais.

"Genebra é a porta de entrada para muitos turistas que visitam a Suíça. Queremos transmitir a ideia de que somos um país que inova e que inicia soluções que não foram aplicadas em outras partes do mundo", disse à Agência Efe o porta-voz do aeroporto, Bertrand Stämpfli.
Durante a primeira etapa de testes, que começou durante o verão europeu - coincidindo com um dos períodos de maior movimento no aeroporto devido ao período de férias no hemisfério norte -, "o robô foi muito bem recebido por jovens e pessoas de mais idade".

O robô, com uma grande tela interativa sensível ao toque, espera pelos passageiros sempre perto das esteiras de bagagem e os convida a interagirem com ele: "Bem-vindo ao aeroporto de Genebra. Toque minha tela. O que está procurando?".

Uma vez selecionado o destino, o robô começa a se movimentar e convida as pessoas a segui-lo pelas instalações, que conhece com perfeição e que pode percorrer sem dificuldade, já que é capaz de ultrapassar todos os obstáculos que aparecem (malas, equipamentos de limpeza e pessoas).

Após se despedir, "RobbI", que tem uma autonomia de 11 horas, volta por iniciativa própria ao lugar que lhe foi atribuído para esperar por seus novos clientes.

Pode ser que no futuro seja programado para voltar para um lugar onde possa recarregar sua bateria sem ajuda, tarefa para a qual está capacitado, explicou o responsável pelas inovações tecnológicas no aeroporto, Gilles Brentini.

"Os passageiros que gostam muito das novas tecnologias ficaram seduzidos com a inovação. Além disso, há um aspecto lúdico que faz com que as pessoas tímidas ou que não conhecem o idioma do país tenham mais facilidades para lidar com uma máquina do que com uma pessoa", sustentou Stämpfli.

Por enquanto, só está configurado para o idioma inglês, mas os destinos aparecem de forma gráfica, por isso não representa um problema para as pessoas que não entendem a língua.

O robô, que levou seis meses para ser desenvolvido pela empresa Blue Botics, se encontra ainda em período de testes, no entanto, está tendo um bom desempenho com 800 missões bem-sucedidas ao longo do verão europeu.

Após o intenso período de férias, o robô será revisado por seus criadores, que vão continuar trabalhando em seu desenvolvimento e serão programadas novas tarefas, novos destinos, novos espaços e novos idiomas.

Inclusive pode ser que "RobbI" tenha a companhia de alguns "irmãozinhos".

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Mini Lisa

Mona Lisa foi pintada pixel e pixel em tela menor que um fio de cabelo. 
Imagem à direita mostra os níveis de calor usados na pintura
Foto: Divulgação

Cientistas do Instituto de Tecnologia da Geórgia conseguiram reproduzir a obra Mona Lisa em uma tela com superfície de 30 mícrons de largura, o equivalente a um terço da largura de um fio de cabelo. A pesquisa demonstra uma técnica que poderia ser usada na nanofabricação de dispositivos.
A imagem, chamada de "Mini Lisa" foi criada com um microscópico de força atômica e um processo chamado de "Nanolitografia química". Para fazer a pintura, a equipe criou uma série de reações químicas pixel a pixel variando o calor em cada local. Quanto mais calor produzido, mais claros eram os tons de cinza. Cada pixel foi espaçado por 125 nanômetros.
"Ao ajustar a temperatura, a nossa equipe manipulou reações químicas para produzir variações nas concentrações moleculares em nanoescala", disse Jennifer Curtis, professor associads da Escola de Física e autora principal do estudo. "O confinamento espacial destas reações proporcionou a precisão necessária para gerar imagens complexas tais como o Mini Lisa", afirmou em nota.
A equipe espera que essa técnica permita uma ampla gama de experiências e aplicações em áreas anteriormente inacessíveis, como a nanoeletrônica, optoeletrônica e bioengenharia. Outra vantagem, de acordo com os pesquisadores, é que a microscopia de força atômica é bastante comum, e o controle de temperatura é relativamente simples, tornando o experimento acessível a laboratórios acadêmicos e industriais.